quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Abriu os braços devagar e se entregou ao vento

Procurou no fundo do armário algumas peças de roupa que havia jogado no escuro, buscou os sapatos desarrumados em baixo da cama, pegou a mochila velha e seu IPod com uma enorme trilha sonora.
Saiu sem trancar as portas e partiu em busca de se encontrar. Cada quarteirão pelo qual dava seus passos sem pressa parecia revelar algo, parecia gritar segredos através de seus muros com pinturas grafitadas. Olhava em direção as ruas a frente e imaginava o quanto de si descobriria estando sozinha e longe daquele monte de merda que sua vida havia se tornado.
A primeira coisa que percebeu era que estar sozinha lhe fornecia a mais diferente das sensações: liberdade. Abriu os braços devagar e se entregou ao vento.

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